News › Dora e a Histeria em Nossos Dias

Dora e a histeria em nossos dias
17 de outubro de 2020
I Jornada do Campo temático Freud e a história da Psicanálise

Programa

Mesa de Abertura - 8h30min
Mario Fleig, Presidente da Escola de Estudos Psicanalíticos
- Boas vindas
Nacitamara Fiorentini
- Constituir-se sujeito na histeria e a história de Dora
Coordenação: Luciane Dal Vesco Ferrari

Nossa convidada – 9h
Desembargadora Denise Oliveira Cezar - Doutora em Direito pela UFRGS
- Histeria ou liberdade?
Coordenação: Conceição de Fátima Beltrão Fleig

Tudo em família - 10h45min
Conceição de Fátima Beltrão Fleig
- E se fosse hoje, poderíamos dizer que Dora sofreu assédio?
Coordenação: Lia Cunha Poletto

Sequencia de nossa produção – 14h
Os jogos de cena do mundo (,) do sonho
Návia Terezinha Pattussi
Dora visita os guarani MBYA – da decência da pura vida sustentada na invenção freudiana
Viviane Silveira
A feminilidade entre a sedução histérica e a recusa feminista
Mônica Parreiras
Quando a inibição toca o corpo
Ricardo Casanova
Coordenação: Vânia Aparecida Pattussi

E ainda ... - 16h30min
Haveria hoje uma histeria sem o suporte do Nome do Pai?
Mario Fleig
Coordenação: Daisy Dalmaz

18h - Encerramento


Argumento

 

Tudo começou com a escuta do enigma do cenário e roteiro da histérica. Os atos encontraram sua tradução em palavras diante da leitura atenta de Freud. Assim, outra cena se descortinaria através de uma pulsação que denunciava em cada palavra proferida rastros do traumático, da sexualidade recalcada, dos desejos inconcebíveis.

As peculiaridades da condição feminina da época deram forma a essa personagem que catalisaria uma série de interrogações sobre a origem de seu sofrimento, do qual a ciência não dava conta e que o corpo biológico demarcado pela alma denunciava. Era um corpo a ser lido… à espera de ser lido. Nasce a psicanálise.

As condições históricas transformaram-se, o perfil de feminilidade alterou-se, o recalcamento sexual surgiu com novas faces, emergiram quadros clínicos com incidências mais prementes do que a histeria no século XIX e então ficou no ar: onde estão as histéricas de Freud? E os fundamentos da teoria e técnica psicanalítica demonstrados por meio do tratamento da histeria de Dora, ainda têm condições de sustentação na atualidade?

Assim como na histeria do século XIX, ou seja, na grande neurose, conforme nomeação de Charcot, o que é falado vai além do que é dito, pela condição de reféns do desejo. O excesso insiste por meio de novos deslocamentos. Peculiares formas de sintomas e de estar no mundo condensam-se, parasitando palavras e corpos, emitindo sinais de angústia que presentificam o real inapreensível. A desmedida sulca caminhos errantes na busca incessante do objeto perdido e mítico.

A base conceitual e técnica da psicanálise tem condições de continuar sustentando-se numa contemporaneidade marcada por profundas transformações sociais, tecnológicas e científicas que alteram as vivências de tempo, espaço e presença, gerando novas formas de sofrimento psíquico?

Návia Terezinha Pattussi

Informações e inscrições:
Whatsapp: (51)99221-2557, (54)99159-7794
eepsicanaliticos@gmail.com

Inscritos em mais de uma Jornada da EEP neste semestre: 20% desconto.

Voltar para News