News › Reflexão: Edward Hopper, mestre na captura da solidão urbana e rural e o isolamento social do momento.

          A obra do pintor americano Edward Hopper, mestre na captura da solidão urbana e rural no século XX, nos leva a refletir sobre as possibilidades criadoras de cada um na vivência solitária ou famíliar em tempos de isolamento social.

          Construíram-se restrições à mobilidade e ressurgiram fronteiras quase que esquecidas em um planeta mundializado.

          O corpo encontra barreiras para seu ir e vir enquanto que o mundo virtual proporciona a todos a possibilidade da sequência de atividades sociais, intelectuais e inclusive dos cuidados com a saúde do corpo e da vida psíquica. Outros entraves são impossíveis de contornar, no campo do trabalho, por exemplo. Entretanto, há um elemento que, irremediavelmente, liga a todos. É um elemento desconhecido para todos que nasceram após 1945. Não temos notícia, a partir de então, de um traço real na vida da humanidade que tenha sido comum para todos, um mal que pudesse atingir igualmente qualquer um.

          Talvez algumas possibilidades, talvez...., reescrever a dimensão da solidão, diferentemente do que seja um confinamento psíquico dentro do isolamento social, e assim poder abrir o caminho para a restituição da originalidade da própria fala.

Conceição de Fátima Beltrão Fleig

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